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Tira-dúvidas e Contato

Quadro Clínico

   Cerca de 40% dos casos são assintomáticos. Os sintomas, geralmente em crianças, são: agitação, insônia, irritabilidade, diarreia, náuseas, vômito, dor abdominal e raramente sintomas nervosos como ataques epileptiformes. Em casos de hiperinfecção, pode-se notar congestão da mucosa, infiltração linfocitária, ulcerações, eosinofilia e perda de peso.

 

Diagnóstico

   O diagnóstico clínico é difícil. Em casos de crianças com ataques epileptiformes deve-se cogitar primeiramente alguma verminose. O diagnóstico laboratorial é feito principalmente pela procura dos ovos no exame de fezes (EPF).

 

Tratamento

   Utiliza-se principalmente o praziquantel. A dose é oral, única e repetida após dez dias.A miclosamida também pode ser utilizada da mesma forma (intervalo de 10 dias), e a dose é de 2 mg para adultos e 1 mg para crianças.

 

Profilaxia

•  Bons hábitos de higiene, educação sanitária

•  Uso de aspirador de pó e de pano úmido

•  Tratamento precoce de doentes

•  Combate aos insetos hospedeiros intermediários

   Posição Sistemática

Reino: Animalia

•Filo: Platelmintos

•Classe: Cestoda

•Ordem: Cyclophyllidea

•Família: Hymenolepididae

•Gênero: Hymenolepis

•Espécie: Nana

    Morfologia

Vermes adultos

•Medem de 3 a 5 cm

•O escólex (a cabeça) possui 4 ventosas e alguns ganchos

•O pescoço possui células germinativas

•O corpo possui de 100 a 200 proglotes, cada um deles com genitália masculina e feminina

•Nos humanos, encontram-se geralmente no jejuno-íleo

 

Ovos

•Medem de 35 a 50 micrômetros

•Transparentes e esféricos

•Possuem membrana interna e externa

•A membrana interna envolve a oncosfera

•A oncosfera possui duas eminências arredondadas (“mamelões”) das quais partem filamentos

•O embrião possui 3 pares de acúleos, sendo classificado como hexacanto

•São encontrados nas fezes

 

Larva cisticercoide

•Medem aproximadamente 500 micrômetros

•Escólex invaginado e envolvido por membrana

•Contém pequena quantidade de líquido – “vesícula murcha”

•Podem ser encontrados nas vilosidades intestinais dos humanos ou nas cavidades abdominais de insetos hospedeiros intermediários (pulgas, por exemplo).

Ovos de Hymenolepis nana

   Imagem original nesse link

 

Expressões-Chave

Cosmopolita: Que pode ser encontrado em praticamente qualquer parte do mundo; que tem distribuição mundial.

 

Eosinofilia: Aumento do número de eosinófilos do sangue e que é observado principalmente em alergias e parasitoses.

 

Escólex: Parte anterior dos vermes cestodas, que faz a fixação ao intestino dos hospedeiros.

 

Oncosfera: Larva ou embrião hexacanto dos vermes cestodas.

 

Úlcera: Perda superficial de tecido com pouca ou nenhuma tendência à cicatrização.

Agente Etiológico

Hymenolepis nana. Pode também ser chamado de Vampirolepis nana. É o menor e mais comum cestoda intestinal, conhecido como tênia anã. Parasita humanos, especialmente as crianças, roedores e outros primatas

Epidemiologia

É um parasito cosmopolita, mas é mais comumente encontrado em climas frios. A prevalência na população geral é baixa, chegando no máximo a cerca de 3%, mas entre crianças de 2 a 9 anos pode atingir 40%. No Brasil, é mais comum na região sul, acometendo sobretudo crianças no período do inverno. Essa estação favorece a disseminação da himenolepíase porque as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, sem circulação de ar. A mesma espécie pode infectar roedores e outros primatas; entretanto, as pesquisas indicam que humanos só se contaminam com ovos de outros humanos. Apesar de os ovos resistirem por apenas cerca de 10 dias em ambiente externo, alguns fatores determinam sua fácil transmissão:

•Maus hábitos higiênicos

•Presença de hospedeiros intermediários no ambiente: pulga, caruncho de arroz e milho, caruncho de farinha, caruncho do feijão

•Possibilidade de transmissão direta, sem necessidade de hospedeiro intermediário, geralmente seguindo a ordem: criança – fezes – ovos – chão – criança

Formas de Contaminação

     Pode ocorrer pela ingestão de ovos presentes nas mãos ou em alimentos contaminados. Nesse caso, o risco de hiperinfecção é muito baixo. As crianças são mais vulneráveis a essa parasitose porque os adultos já têm alguma imunidade adquirida (já foram expostos ao Hymenolepis nana e o sistema imune desenvolveu células de memória contra ele).

    Quando a  contaminação acontece por ingestão de insetos contendo larvas cisticercóides, as chances de hiperinfecção aumentam, já que não há imunidade contra as larvas. Nesse caso, as larvas podem dar vermes adultos e esses vermes podem liberar milhares de ovos no intestino. Se, associado a isso, ocorrer um retroperistaltismo – os ovos voltarem ao intestino e eclodirem – ocorre uma autoinfecção interna.

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