Posição Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
Ordem: Pseudophyllidea
Família: Diphyllobothriidae
Morfologia:
O verme adulo pode apresentar de 1 a 15 metros de comprimento, sendo a tênia humana mais longa. Consiste em até 4 mil proglótides, responsáveis pela liberação diária de aproximados 1 milhão de ovos nas fezes.
Profilaxia e Controle
A profilaxia principal consiste em não ingerir carne de peixe crua. Cozinhar peixe a uma temperatura de 56 ° C ou superior por mais de 5 minutos ou congelar peixe a -18°C durante 24 horas mata as larvas de plerocercoide. As larvas também podem ser mortas pela colocação do peixe em salmoura com alta concentração de sal por longos períodos.
Agente Etiológico
O Diphyllobothrium latum é um helminto causador da difilobotríase, conhecida popularmente como " tênia do peixe ".
Epidemiologia
A doença é mais frequente em países onde é comum o hábito de comer peixe cru (ou em conservas caseiras). É encontrado no norte da Europa, Rússia, Japão, Filipinas, parte dos EUA e sul do Chile. Embora normalmente não existam casos no Brasil, há alguns anos ocorreu um surto de infecção devido à importação de salmão do Chile, inclusive com 2 casos autóctones diagnosticados em Porto Alegre.
Habitat
O verme habita usualmente o intestino delgado do hospedeiro, no qual pode permanecer por até 10 anos. É possível o parasitismo por mais de um exemplar do verme no hospedeiro.
Contaminação
A contaminação ocorre pela alimentação com alguns tipos de peixes p. ex., salmão, truta), crus ou malcozidos, nos quais se encontra a forma larvária do parasita, denominada plerocercoide ou espargano.
Quadro clínico
A maioria dos pacientes infectados são assintomáticos e não percebem as proglótides na fezes como na teníase.
Em pacientes sintomáticos, as queixas mais comuns são dor abdominal e dispepsia ou indigestão. Outros sintomas relatados podem ser fadiga, diarreia, tonturas, emagrecimento repentino e fome excessiva.
A permanência da infecção pode levar à anemia megaloblástica ou botricefálica. Esta ocorre devido à depleção de vitamina B12 pelo cestódio, o que impede sua absorção pelo hospedeiro. A maioria dos pacientes não apresentam sinais ao exame clínico, mas podem ser encontrados palidez cutânea/mucosa, fraqueza, fadiga - relacionados principalmente à anemia.
Diagnóstico
O diagnóstico consiste em uma forte suspeita clínica somada ao encontro de ovos e proglotes mas fezes.
Tratamento
A medicação preconizada é praziquantel em dose única (10 mg/Kg). Em casos de anemia megaloblástica, deve-se excluir outras etiologias e administrar vitamina B12 parenteral.
Prognóstico
Em geral, a difilobotríase traz um excelente prognóstico. O D. latum não é invasivo, e a mortalidade pela doença é rara.
Diphyllobothrium latum
(Verme Adulto)
Diphyllobothrium latum
(ovos)
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